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domingo, 20 de junho de 2010

Não podia ser agora.


Quando senti queo amor chegava
A felicidade se tornou amarga.
O amor nem sempre
Vem quando é chamado.

Deveria ter se mostrado
Na hora de acontecer
Era pra ter vindo no passado
Quando podia florescer.

Não podia ser agora
Onde não existe espaço
Deveria ter sido antes
Quando o coração era amante.

Agora o que fazer
Não senti-lo é impossível
Jogar fora este amor
E não deixa-lo viver?

O destino brinca com agente
Deixando-me assim tão doente
Sem o amor na minha vida
Não pode-se viver plenamente.

Mas o tempo já passou
E não existe lugar paro o amor
Pois mesmo o que veio antes
Ainda não perdurou.

Não perdôo o destino
Por esta leviandade
De me dar um amor agora
Mostrando sua maldade.

Quem sabe em outra vida
Quem sabe em outra morte
Quem sabe um dia eu ame
Este amor que não veio antes.

Elaine Crespo

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Os fantasmas e o tempo.

Cada tempo que passa
Cada passo que dou
Cada lagrima que choro
Não aliviam minha dor!

Por momentos que vivem gravados
E que me fazem entristecer
E as lembranças que não me deixam
Em nehum momento esquecer


Queria olhar só pra frente
E nunca ver o passado
Mas ele não me deixa
insiste em não me deixar

E a vida vai passando
As lembranças esquecidas
Viram tormentos
Tornamdo-se eternas

Não é falta de vontade
São fantasmas de verdade
E enquanto me cercam
Não volta a felicidade

E eu continuo tentando
Mais eles são mais fortes
E eu não aprendi a voar
Pra no chão poder deixa-los

E finalmente longe deles
Poder viver cada momento
Da felicidade que a vida traz
Neste exato momento.

Elaine Crespo

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Fases


Tenho fases como a Lua
Fases de ser sozinha
Fases de ser só sua

Cecília Meireles

Pedes Explicação...

Pedes explicação, que não sei dar,
sobre meu jeito de amar.
Soubesse das razões porque te amo
deste modo
poderia também me apaziguar.

Sou assim:
um gato na poltrona
aos teus pés
ou um tigre que, faminto,
carinhosamente
- vem te devorar.

Affonso Romano de Sant'anna

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Liberdade


Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro pra ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha quer não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca.

Fernando Pessoa - 16/3/1935