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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ternura...

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.

Vinícios de Moraes

domingo, 20 de junho de 2010

Melodia.


Mistura-se a música
no ar, e as minhas mãos
nas tuas,
chegas-te a mim,
devagarinho...
como quem não arrisca
tocar as notas soltas
com medo de as calar...

Soltas-te nas colcheias
e nos meus braços....
respiras luar
e os compassos
de uma música
que eu não deixo parar...
porque a guardei
já em mim...

Os teus lábios
na minha pele
roçam de leve o horizonte...
uma lágrima teimosa
rola o vitoriosa
deixando a descoberto
o caminho
da fonte em que nasceu...
tem um brilho azul
cristalino e suave...
cheira ao fim de tarde
temperada de vento sul
que teima em deitar
nos meus ombros nus...

Enrolo-me num abraço
que marca o compasso
de uma dança
que não sei dançar...
encontro, porém...
no teu olhar, o ritmo
e o passo que também não sei dar...
mas não paro, dou mais um passo
na rota do teu queimar...

A um passo dos meus lábios,
estão os teus...
ao lado do meu rosto
está o cêu...
o sol adormeceu
no mar da música
que dança no ar,
mas em seu lugar
ficou a lua...
branca, nua
sempre a dançar..

E a melodia, sempre lenta
sempre lá...
os braços sempre tocando...
criando laços, fora dos espaços
e dos abraços
que não te dou...

Porque a música acabou!

Mas ficou a melodia....

Eterea

Não podia ser agora.


Quando senti queo amor chegava
A felicidade se tornou amarga.
O amor nem sempre
Vem quando é chamado.

Deveria ter se mostrado
Na hora de acontecer
Era pra ter vindo no passado
Quando podia florescer.

Não podia ser agora
Onde não existe espaço
Deveria ter sido antes
Quando o coração era amante.

Agora o que fazer
Não senti-lo é impossível
Jogar fora este amor
E não deixa-lo viver?

O destino brinca com agente
Deixando-me assim tão doente
Sem o amor na minha vida
Não pode-se viver plenamente.

Mas o tempo já passou
E não existe lugar paro o amor
Pois mesmo o que veio antes
Ainda não perdurou.

Não perdôo o destino
Por esta leviandade
De me dar um amor agora
Mostrando sua maldade.

Quem sabe em outra vida
Quem sabe em outra morte
Quem sabe um dia eu ame
Este amor que não veio antes.

Elaine Crespo

sábado, 19 de junho de 2010

Pelo tempo que for!

Aah, eu esperei tanto tempo
Mas, eu juro que não aguento

Já tentei te esquecer,
E quis parar de ter você no meu peito
O que eu faço pra ele me obedecer?

Ah, eu por um lado te entendo, morena
Mas eu continuo querendo

Eu sei que é tarde começar,
Mas nunca é tarde pra tentar
Nosso tempo iríamos aproveitar

Quero tentar te conhecer
Quero tentar te convencer

Sei que não é mais fácil assim
E se tanto faz ter um fim
Se o tempo faz esquecer
Não tem como te dizer
Se nada acontecer

Aah, os seus defeitos eu invento
Pra fingir que eu não me arrependo

De ter que ver você partir assim,
Sem antes ver você sorrir pra mim
Eu te juro, que um dia ainda vou me arrepender

Quero tentar te conhecer
Quero tentar te convencer

Sei que não é mais fácil assim
E se tanto faz ter um fim
Se o tempo faz esquecer
Não tem como te dizer
Se nada acontecer

Sei que não é mais fácil assim
E se tanto faz ter um fim
Se o tempo faz esquecer
Não tem como te dizer
Se nada acontecer

Se nada acontecer
Acontecer...
Não tem como te dizer!


E daí?.

E daí se eu quiser farrear tomar todas num bar sair pra namorar
O que é que tem?
Foi você quem falou que a paixão acabou
Que eu me lembre eu não sou de ninguém

E daí que você me deixou mais um dia passou e o mundo não parou
“tô” aqui
Confesso fraquejei muito tempo chorei
Só deus sabe o quanto eu sofri
Mas não fui me humilhar te pedir pra voltar
O que você “ta” fazendo aqui?
Se ainda não me quer então sai do meu pé eu faço o que eu quiser

E daí se eu quiser farrear tomar todas num bar sair pra namorar
O que é que tem?
Foi você quem falou que a paixão acabou
Que eu me lembre eu não sou de ninguém

Se eu quiser farrear tomar todas num bar sair pra namorar
O que é que tem?
Foi você quem falou que a paixão acabou
Que eu me lembre eu não sou de ninguém


Não precisa mudar.

(Ivete)
Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seu ciúme, suas caras
Pra quê mudá-las?
Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Saber tudo do seu gosto
Sem deixar nenhuma mágoa
Sem cobrar nada

Assim eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita numa cama pequena
Te faço um poema, te cubro de amor

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo o que passou [2x]

Oooohh

(Saulo)
Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seu ciúmes, suas caras
Pra quê mudá-las?

Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Deixar tudo do seu gosto
Sem guardar nenhuma mágoa
Sem cobrar nada

Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita numa cama pequena
Te faço um poema e te cubro de amor

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo o que passou [2x] [juntos na 2º vez]

Juninho

(Ivete)
Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita numa cama pequena
Te faço um poema, te cubro de amor

(Ivete e Saulo 4x)
Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo o que passou

(Saulo)
Não precisa mudar...

(Ivete)
Ah, eu sei que não precisa mudar...

(Saulo)
Não precisa mudar...

(Ivete e Saulo)
Não, não, Uuuuh!


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Madrugada...

É claro!! Sempre estava afim!
Uma noitada, música,
burburinho de vozes,
matizadas em vários tons...
Mais uma dose!!!
Estalar de copos, gargalhadas...
Mistura de sons!!!
É a boemia insone
exibindo falsa alegria,
procurando encher de amores
a madrugada vazia...
Já gostei...
...já fui assim!!
Hoje, a insônia, desabafo no papel...
Encontro marcado comigo!!!
Que ironia!!
Sou no momento, minha melhor
e mais fiel companhia...

Márcia Fasciotti

Não Sei...

Se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira,
Pura . . .
Enquanto durar . . .

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

Sandramurta

Só a Lua...

Lembro que ela disse meio triste uma vez
A vida não é só sair por aí a fora
O prazer real não vem só em caça
Tudo que naturalmente te aflora
Só a lua poderá lhe dizer o quanto eu gosto de você

Por mais que eu tente não consigo entender
A vida é muito curta não há tempo a perder
Eu vendo minha alma por seu beijo
Permito confundir ansiedade com desejo
Só a lua poderá lhe dizer o quanto eu gosto de você

Grupo Absyntho

Devolve.

Devolve toda a tranqüilidade
Toda a felicidade
Que eu te dei e que perdi.

Devolve todos os sonhos loucos
Que eu construí aos poucos
E te ofereci.

Devolve, eu peço, por favor
Aquele imenso amor
Que nos teus braços esqueci.

Devolve, que eu te devolvo ainda
Esta saudade infinda
Que eu tenho de ti.

Mário Lago